Divulgação Científica
Agência FAPESP - 8/4/2008
Um novo estudo aponta que a falta de magnésio acelera o envelhecimento das células. Segundo a pesquisa, feita nos Estados Unidos, a deficiência crônica do mineral pode promover ou acelerar doenças relacionadas à idade.
Magnésio é fundamental para uma série de processo biológicos, sejam metabólicos, regulatórios ou estruturais. Sua presença é necessária para que muitas enzimas funcionem corretamente. Trata-se de um micronutriente obtido essencialmente da ingestão de vegetais de folhas verdes e de grãos integrais.
Apesar disso, como destaca o estudo, mais da metade da população norte-americana tem falta do mineral, devido principalmente à alimentação não saudável.
"A dieta típica dos Estados Unidos se desviou das fontes naturais para opções mais refinadas e freqüentemente pobres em nutrientes, fazendo com que a carência de magnésio se tornasse comum", destacaram os autores. O cenário resulta no aumento no risco de diversas doenças ligadas à idade, como pressão alta, problemas cardiovasculares, diabetes e osteosporose.
Para entender melhor como a deficiência de magnésio contribui para essas doenças, David Killilea e Bruce Ames, do Departamento de Biologia Molecular e Celular da Universidade da Califórnia em Berkeley, analisaram os efeitos de longo prazo da deficiência moderada do mineral em fibroblastos, células que fornecem a base estrutural para muitos tecidos no corpo humano.
Embora as células tenham sobrevivido e se dividido normalmente em condições com carência de magnésio, elas envelheceram mais rapidamente do que as células que cresceram em concentrações normais do nutriente.
Os autores relacionaram a senescência prematura das células em parte ao encurtamento dos telômeros, seqüências de DNA que protegem as extremidades dos cromossomos e cujo mau funcionamento tem importante papel tanto no envelhecimento como no desenvolvimento de cânceres.
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