quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Em busca do envelhecimento saudável

Olá pessoal,
este artigo foi indicado pelo prof.Marcelo para publicarmos no nosso blog.É bastante interessante.
Exposição Revolução Genômica

Geneticista holandês Jan Hoeijmakers fala sobre as bases genéticas da senilidade.
Edição Online - 30/06/2008


Pesquisa FAPESP -

O geneticista holandês Jan Hoeijmakers não se contenta com o fato de a longevidade da espécie humana ter aumentado em mil anos o equivalente a 15 minutos a mais a cada hora vivida. “Mais importante do que acrescentar mais anos à vida é acrescentar mais vida aos nossos anos”, comentou ele durante a palestra intitulada "Envelhecimento e Longevidade: Quanto duram nossos genes?" realizada no domingo, 18 de maio, como parte da programação paralela à exposição Revolução Genômica. Envelhecer, lembrou ele ao longo de uma apresentação muito didática e amigável, ainda implica a sujeição a doenças de controle árduo, quando não inteiramente impossível, como osteoporose, diabetes ou Alzheimer.
Hoeijmakers persegue o ideal de um envelhecimento mais saudável aprofundando-se com sua equipe de biólogos da Universidade Erasmus, em Roterdam, na Holanda, na área em que ele é uma das maiores autoridades mundiais: o reparo da molécula de DNA, realizado por um orquestrado e incansável conjunto de proteínas: todo dia o DNA de cada célula sofre em média 50 mil lesões, causadas por radiação solar, por compostos químicos ou pela simples colisão com outras moléculas. Quando os guardiões do DNA não conseguem mais segurar as pontas, o organismo perde o passo habitual e instaura-se um caos que poderá tanto permitir o desenvolvimento de um câncer quanto acelerar o envelhecimento.
Hoeijmakers acredita que o envelhecimento correria mais devagar, por dentro e por fora do corpo, se esse mecanismo de conserto das moléculas de DNA se mantivesse afinado. Dando forma às suas idéias, ele e sua equipe desenvolveram camundongos que, por manterem uma deficiência genética, tornaram-se incapazes de produzir uma ou mais de uma das proteínas – ou enzimas – de reparo. De acordo com as imagens que mostrou, os efeitos são notáveis: os animais com essas deficiências genética crescem menos e logo apresentam sinais de envelhecimento precoce, como a cifose, uma curvatura acentuada da coluna vertebral, a osteoporose e degenerações neurológicas; vivem bem menos que os animais geneticamente normais – em torno de três semanas, enquanto os outros podem chegar a quatro anos.
Os animais tornaram-se um modelo de estudo para entender melhor o que se passa nos seres humanos, às vezes abatidos desde o nascimento por uma produção insuficiente ou mesmo nula das enzimas de reparo do DNA. Hoeijmakers já verificou que o organismo dos camundongos com deficiências na produção das enzimas de reparo do DNA prioriza, tanto quanto possível, a defesa da integridade do DNA em vez de gastar energia no crescimento e desenvolvimento corporal. “É melhor permanecer pequeno e viver mais, porque, se investir em crescimento, viverá menos.” Dessas pesquisas não sai só mais ciência, mas também alguns sonhos que tomam forma pouco a pouco. “No futuro”, comentou o geneticista, “esperamos promover o envelhecimento saudável.”

Para quem se interessar mais leia matéria completa sobre a palestra.

Fonte:Pesquisa FAPESP online

Postado por:Mariana Seabra

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